Saturday, May 10, 2008

Gostaria de esclarecer a quem eventualmente por aqui passar que este blog está oficialmente fechado. Serviu o seu propósito.
O meu desespero não se origina do facto de ser uma dona de casa, advém antes da doença. Uma crónica que quem tem não quer ou consegue admitir: DISTÚRBIO BIPOLAR: QUANDO A TRISTEZA E A EUFORIA SE TORNAM DOENÇA.
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Thursday, March 22, 2007


CAMPEONATO NACINAL DE LÍNGUA PORTUGUESA
AS RESPOSTAS SUGERIDAS COM RELATIVA CERTEZA

Quantos erros encontra neste texto?
Não passavam das oito da manhã quando se ouviu um grande estrondo. Faziam seis anos que as Torres Gémeas tinham sido destruídas por uma acção terrorista. Joana pensou que era outro tentado. Mas não. Era apenas uma explosão destinada a deitar a baixo um muro por uma empresa de construção civil. Vivia em Nova Iorque haviam alguns anos e ainda receava passear nas ruas. No dia anterior, tinha passado por uma conhecida loja de modas e, na montra, lia-se: «Precisam-se empregados». Dirigia-se agora para lá afim de tentar a sorte na busca de um emprego. Quando lá chegou preguntou se os lugares já estavam preenchidos. A empregada ia a responder, quando um rapaz interviu: «Não, não está. Deixe as suas referências. Logo à tarde o patrão decidirá». Joana saiu da loja pensando: «Deus queira que o patrão não esteja mau humorado na hora de decidir, porque me fazia muito geito arranjar este emprego.

E.11

1. Na frase «examinou os prós e os contras da proposta», a que classe de palavras pertencem «prós» e «contras»:

A.nome

2. Qual o feminino de «diácono»:

B.diaconisa

3. Qual o sentido da palavra «benemerente»:

B.benemérito

4. O verbo coaxar (no sentido real e não figurado) é:

B.unipessoal

5. De entre estes derivados de topónimos, qual está bem grafado:

C.espírito-santense

6. Qual destas formas verbais está incorrectamente escrita:

A.tu dissestes

7. Qual o plural de «guarda-chuva»:

B.guarda-chuvas

8. Indique a frase correcta:

A.São eles quem vai à final.

9. Quanto à classe das palavras, como classifica o «que» na frase «as suas crónicas são tão importantes que foi eleito o cronista do ano»:

C.conjunção subordinativa consecutiva

10. Qual a palavra que se encontra errada quanto ao acento gráfico:

A.contrapôr

11. Qual das frases está errada:

A.Não irei hoje à escola, tão pouco amanhã.

12. O numeral ordinal de 800 é:

A.octingentésimo

13. Indique a frase correcta:

A.Se ela se contivesse e não fosse tão emotiva estaria em melhores condições.

14. «Dar tanga a alguém» significa:

C.divertir-se à sua custa

15. Nas opções seguintes, assinale a correcta:

D.O mais pequeno não chegava à mesa, o maior batia nela com os joelhos.

16. Qual a origem da palavra «metamorfose»:

B.grega

17. Que significa «discricionário»:

C.que é arbitrário

18. Qual a forma da 1ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo do verbo reaver:

C.reouve

19. Indique a frase correcta:

C.O animal mostrava grandíssima inquietação.

20. Em qual destas expressões não há uma forma verbal no infinitivo:

A.Quando chegares.


Quantos erros encontra neste texto?
Depois de cegar o trigo, os camponeses resolveram açar uns enchidos de buxo. Estavam com muita sede, pelo que o maioral deu uma rodada de vinho, após o que quiz por a garrafa bem arrulhada, não fosse entornar-se. Mas como não à janta sem pão, criam comer as iguarias acompanhadas de broa. O bom do homem teve, assim, de colocar a cela no cavalo e partir à desfilhada, na eminência de tombar a cada curva do caminho. Passou o mortal, que já estava bem deferente, muito viçoso, e nem tempo teve para se consular com alguns frutos, como tinha por hábito fazer quando por ali passava. Comprou a broa e regressou num hápice. Diante do passo, ainda pensou em parar e convidar o morgado, mas arrependeu-se, pois o patrão ainda se lembraria de o mandar mugir a vaca, e o seu bom censo ditava que se haviasse, pois estava esfomeado, e o pitéu não esperava. Sabia decisão! Assim que o cavalo estacou, estenderam-lhe um prato e, muito lambareiros, poseram-se todos a comer.

C.21

21. Indique a palavra correcta:

B.numero

22. Assinale a frase correcta:

C.Entre tantos moradores, a gente dos grupos de Leste é muito trabalhadora.

23. «Armento» é um nome colectivo que significa um conjunto de:

B.gado

24. Qual destas palavras tem origem árabe:

B.assassino

25. Qual o significado de «à matroca»:

B.descuidadamente

26. Qual a frase correcta:

B.Informei-o de que não iria.

27. «Picanço» significa:

C.artefacto para tirar água de poços

28. Nas acepções seguintes, indique qual é aplicável à palavra «arriar»:

C.abaixar

29. Diga qual a opção em que as palavras estão correctamente escolhidas:

C.São iguais àqueles que já vistes.

30. Qual o superlativo absoluto sintético de «benéfico»:

C.beneficentíssimo

Monday, March 19, 2007

Mail enviado a 14/03/2007 para linguaportuguesa@expresso.pt, relativamente à correcção do 2º teste.


Senhoras e senhores:
Gostaria de começar por vos felicitar pela iniciativa em questão. Contudo considero necessário chamar a vossa atenção para critérios de correcção do 2º teste que não são coerentes.
Na conclusão acerca do emprego da forma Não Flexionada vs. Flexionada do Infinitivo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra declara: “Como vemos, «a escolha da forma infinitiva depende de cogitarmos somente da acção ou do intuito ou necessidade de pormos em evidência o agente da acção» (Said Ali). No primeiro caso preferimos o INFINITIVO NÃO FLEXIONADO; no segundo, O FLEXIONADO.
Trata-se, pois, de um emprego selectivo, mais do terreno da estilística do que, propriamente, da gramática.”
O estilo custou-me três pontos: um no primeiro texto, outro na pergunta 18 e ainda outro na 23. Relativamente à questão 18, a resposta considerada certa, entra em conflito com o exemplo de INFINITIVO NÃO FLEXIONADO na gramática de referência: “Esta viu-os ir pouco a pouco.” (se o sujeito está explícito e é dado por um pronome oblíquo átono, o infinitivo fica no singular). A pergunta 23 está incorrectamente formulada, não se trata de conjugações verbais, mas de locuções verbais (exceptuando a primeira), segundo a obra de referência para avaliar a exactidão da sintaxe. A TLEBS (Terminologia Linguística para o Ensino Básico e Secundário) excluiu o termo "conjugação perifrástica", o termo "complexo verbal" passou a designar o conjunto verbo auxiliar + verbo principal. Tendo em conta o critério do emprego do INFINITIVO FLEXIONADO («[Quando há] necessidade de pormos em evidência o agente da acção»), a resposta B é errada, deveria ser: “Havia milhares de pessoas para embarcarem.”
Quanto à resposta C estar errada há muito a dizer, pois se por um lado, a tradição gramatical tem insistido em ter de como a expressão correcta para referir a necessidade ou a obrigação, por outro, a forma ter que começa a ser registada até por lexicógrafos como sinónima de ter de. Por exemplo, o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa observa que «modernamente, na língua, tem-se usado. o snt. ter que + infinitivo, no qual esse que tem valor como que prepositivo, em lugar do castiço ter de + infinitivo». Do mesmo modo, o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciências de Lisboa, aceita ter que como variante de ter de. Já Fernando Pessoa dizia: «Quem quer passar além do Bojador/ Tem que passar além da dor.»
De acordo com o regulamento “a obra de referência para avaliar a exactidão da grafia das palavras é o Grande Dicionário da Língua Portuguesa, editado em Maio de 2004 pela Porto Editora”, ora não tendo disponibilidade financeira para adquirir o dito, assumi que a sua versão online seria igualmente fiável. Paguei cara a assunção, custou-me dois pontos. Na pergunta n.º 13, de acordo com a definição online: “homúnculo: pejorativo, homem insignificante, desprezível; questiúncula: questão fútil, discussão sem importância.” Segundo a obra de referência para avaliar a exactidão da sintaxe trata-se de DIMINUTIVOS ERUDITOS. Na pergunta n.º 24 diz acerca de imirjo: presente do indicativo de imergir (1.ª pessoa do singular). Contudo a Nova Gramática inclui o verbo imergir no grupo dos VERBOS DEFECTIVOS: verbos que não possuem a 1.ª pessoa do presente do indicativo. No regulamento deviam avisar que as duas obras de referência dão informações opostas e no segundo caso erradas. É verdade que são questões de sintaxe e não de grafia, mas isso não justifica a flagrante disparidade.

Respeitosamente,
Paula Pintassilgo


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Hoje vou desabafar sobre o Campeonato Nacional da Língua Portuguesa.

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Monday, December 18, 2006

E as filhas, as filhas...como falar das nossas filhas? Uma filha é uma boa desculpa para comprarmos todos aqueles brinquedos que nunca tivemos em crianças; é uma forma assustadora de nos recordar como éramos aos 13; é a pessoa com quem pensamos que vamos deixar de nos preocupar quando chegar a adulta, mas que nos continuará a preocupar quando tiver 40. Ás vezes amar uma filha pode ser difícil, têm tendência para gostar de tudo o que nós não apreciamos, mas são mais parecidas connosco do que gostaríamos de admitir. No entanto, a melhor cura dos nossos males é ouvi-las rir.


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Friday, November 24, 2006

A vinda dos filhos tudo muda, a nossa vida nunca mais volta a ser a mesma, não há retorno e isso é assustador: O dia em que primeiro filho nasce é uma experiência aterradora e isso ninguém nos diz. Mas depois eles crescem e tornam-se os seres mais adoráveis que alguma vez pensamos encontrar, o nosso peito enche-se duma sensação tão incrivelmente avassaladora que só pode ser Amor, numa forma irreconhecível a quem nunca amou um filho.

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Wednesday, November 08, 2006

São os filhos que nos ensinam o sentido do verbo “preocupar”. Antes deles não nos lembramos de ter dado tanta importância ao estado do mundo, as notícias não eram assim tão perturbadoras. A ansiedade assalta-nos quando pensamos no seu crescimento. Será que irão ter oportunidade de crescer? Haverá um mundo para eles crescerem?

Obrigado pelo seu comentário gentil Kafie. Quanto ao objectivo do blog é falar sobre ser mãe, o que implica, o que complica...Eu escrevo sobre o que sinto e penso, quem lê pode fazer o mesmo.

Wednesday, October 11, 2006

Às sete da manhã trouxeram-ma, confirmei com ansiedade, era a minha Inês, quis amamenta-la, mas ela recusava-se a agarrar no mamilo. Soube depois que durante a noite a tinham alimentado a biberão, só consegui amamentá-la meia dúzia de vezes, dava menos trabalho chupar a tetina, já o aprendera. O colostro, tão importante nas primeiras horas do bébé para o seu sistema imunitário e para estimular as glândulas mamárias, desperdiçado devido a um detalhe burocrático. Estive dois meses a tirar o leite à bomba, mas um dia secou. Começara a minha odisseia, a de uma mãe convicta que só ao pé dela a sua filha está bem.

RESPOSTA A "me": É isso o que realmente pensa ou está só a dizer o que é suposto?